Quando nós sentimos alguma emoção, como por exemplo: raiva, medo e felicidade, significa que algum estímulo ambiental desencadeou reações fisiológicas em nosso Sistema Límbico. O Sistema Límbico por sua vez, é uma região do cérebro composta por áreas como a amígdala, hipotálamo, hipocampo, dentre outras estruturas, as quais são responsáveis por comunicar sinais de “ameaça” para o nosso organismo.
Portanto, quando o nosso Sistema Límbico compreende algum estímulo como sinal de alerta, ele informa imediatamente aos outros sistemas, como sistema nervoso simpático e parassimpático, os quais podem influenciar na respiração, temperatura e estado de tensão do corpo, além de ativar o cerebelo (estrutura responsável por controlar os movimentos, equilíbrio e tensão muscular), dentre outras possíveis reações.
Essas reações involuntárias que acontecem em nosso corpo, podem provocar sensações fisiológicas como dor de barriga, náuseas, dor muscular, estado de agitação e/ou hipervigilância, as quais são super úteis quando estamos em situação de luta e/ou fuga. Ou seja, o nosso corpo se prepara de forma instintiva e involuntária para que possamos reagir a situações de ameaça… No entanto, estas reações podem ser disfuncionais, quando o nosso cérebro interpreta como ameaça estímulos que na verdade não são, ou até mesmo, quando a nossa história de vida e/ou forma de interpretar os fatos, acabam influenciando de maneira negativa o modo como vivenciamos e expressamos as nossas emoções, podendo ser muitas vezes, de forma desproporcional à realidade.
Por isso, diante de um estado emocional muito intenso e principalmente diante da tomada de decisão quando estamos sob controle das emoções, se faz muito importante nos auto-observarmos, identificarmos o que estamos sentindo e adotar estratégias para lidarmos com as nossas emoções e compreendermos a nossa interação com o mundo (porquê sentimos determinadas emoções em determinadas situações e como agimos diante disso) para que possamos fazer as nossas escolhas e tomadas de decisão de forma coerente com os nossos objetivos e qualidade de vida, ao invés de cedermos à “cegueira” que as emoções nos causam e agirmos de forma prejudicial para nós e para os outros.
O processo de psicoterapia pode auxiliar muito neste processo! Observe que as pessoas que conseguem compreender suas emoções e expressá-las de forma assertiva e coerente com o contexto em que se comportam, são pessoas em maiores condições de preverem e controlarem o seu próprio comportamento. Desta forma, as emoções passam a ser nossas mensageiras, amigas e aliadas, ao invés de sermos reféns delas.
Tão importante quanto saber o que você sente, é saber o que fazer com isso.
Como você tem lidado com as suas emoções?