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Autocobrança

Pegue leve com você, todo mundo está dando o seu máximo!

No cenário atual tudo está tão acelerado. Podemos ouvir os áudios em velocidade dobrada, podemos consumir uma quantidade ilimitada de informações diariamente, temos um leque amplo de opções sobre o que podemos ser, fazer, ter, viver, etc. E se por um lado a velocidade e as possibilidades são diversas, a exigência sobre o que fazemos, somos e buscamos, também são grandes.

É impossível falar sobre o ser humano e sua saúde mental, sem considerarmos a nossa cultura e sociedade. E a nossa sociedade atual, prega a ideia de que precisamos “ser alguém” a qualquer custo, o quanto antes. O provérbio Japonês: “Treine enquanto eles dormem, estude enquanto eles se divertem, persista enquanto eles descansam, e então, viva o que eles sonham” nunca ilustrou tão bem a realidade em que vivemos. Realidade a qual, faz com a gente se culpe quando temos algum momento ocioso, ou então, quando nos permitimos ter algum momento de prazer, lazer, descanso e até mesmo de autocuidado. Como se essas esferas da vida não fossem importantes ou até mesmo como se elas não estivessem relacionadas com o nosso bem-estar e consequente “sucesso”.

Todo este contexto de possibilidades, expectativas e autocobrança, faz com que a gente entre numa corrida cega, para chegar muitas vezes, à lugar nenhum. Ficamos fissurados pela busca da perfeição e do que a sociedade nos ensinou que é sinônimo de “sucesso”, que muitas vezes quando alcançamos, descobrimos que não tem o mesmo sabor que aparecia na embalagem. Nos cobramos uma alta produtividade, êxito no trabalho, nos estudos, na família, nos relacionamentos sociais e amorosos, muitas vezes pegando pesado com a gente mesmo quando alguma destas esferas parece não caminhar conforme desejamos.

Por isso é importante, lembrarmos de desligar o modo automático, olhar para nós com carinho, reconhecer a nossa história de vida, nossas condições e realidade. É importante valorizar as conquistas, mesmo aquelas mais simples. Na busca constante pelo êxito e pela perfeição, deixamos de viver, apreciar e aprender com o caminho e com o processo… e quem já “chegou lá” sabe, que no final, a caminhada é tão importante e valiosa quanto o destino.

Quando a autocobrança bater na porta oferendo expectativas e comparações, diga a ela que você não precisa…. Mas se desejar e puder, convide-a para entrar. E ao invés de deixar que ela convença você, mostre a ela a dor e a beleza de ser quem você é. Respeitando sua individualidade, superando as suas dificuldades, mas reconhecendo seu tempo, limitações, gostos e identidade. Pegue leve com você ♥

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