Você sabe diferenciar?
Quando você se percebe com raiva, tristeza ou felicidade, considera estes estados como emoções ou sentimentos?
Difícil distinguir, não é mesmo?
Isso porque, na linguagem cotidiana do senso comum, é bastante comum usarmos um mesmo significado para as emoções e os sentimentos. No entanto, num nível conceitual e prático, existem diferenças importantes entre ambos e compreendê-las pode ajudar a melhorar a nossa relação e nível de consciência sobre como nos sentimentos e agimos.
As emoções, referem-se a respostas automáticas do nosso organismo diante de algum estímulo (seja de forma positiva ou negativa). Por exemplo, quando avistamos um cachorro feroz correndo em nossa direção, a nossa amígdala capta este estímulo e comunica o nosso sistema nervoso central, que reage automaticamente, fazendo o nosso coração disparar, o nosso corpo ficar em estado de alerta e/ou até mesmo suarmos excessivamente e sentirmos desconfortos abdominais. Neste exemplo citado, podemos compreender como as emoções nos ajudam a reagir aos estímulos que compõem o nosso ambiente. As emoções agem de forma rápida e espontânea, fazendo o nosso corpo a reagir, muitas vezes em função da preservação da vida e/ou eliminação de um perigo.
No entanto, também podem haver ocasiões em que um estímulo gera reações desproporcionais ou até mesmo inadequadas em relação ao nosso ambiente. Por isso, nem sempre que algo desperta em nós uma emoção, significa que reagiremos de forma proporcional, funcional ou benéfica para nós.
E é aí que entram os sentimentos. Pois o sentimento se trata da experiência consciente sobre as nossas emoções. No nível do sentimento, nós atribuímos significado e sentido ao que e como estamos nos sentido (estado fisiológico do corpo). O sentimento interpreta a emoção, nos permitindo maior consciência, compreensão e controle sob nós mesmos. Embora ambos aconteçam quase simultaneamente, se estivermos sensíveis à como estamos sentindo e pensando, é possível nos relacionar com o mundo de forma mais autêntica, coerente com a nossa essência e saudável.
Portanto, quanto mais conseguirmos descrever os nossos estados corporais, psicológicos e nos conhecermos, mais conseguiremos identificar e reconhecer os nossos sentimentos. Consequentemente, teremos maior controle sobre nós e sobre as nossas ações, não ficando sob função dos impulsos automáticos e nem da força das emoções.
Afinal de contas, as emoções são inevitáveis, mas felizmente, temos a poderosa alternativa de expandirmos a nossa consciência sobre as coisas que vão além de nós, a fim de fazer escolhas mais responsáveis, conscientes e libertadoras. ♥