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O que fazer quando os filhos ficam isolados no quarto?

Todos nós temos momentos de extroversão e introspecção. Algumas vezes, sentimos a necessidade de nos recolher, distanciar e silenciar… E está tudo bem nisso. A vida é feita de momentos e ritmos, e vamos nos movimentando conforme a música de cada momento e ocasião.

No entanto, como todo extremo gera efeitos colaterais, quando este distanciamento e silêncio constituem a maior parte do tempo de alguém, se faz necessário direcionarmos a nossa atenção, pois pode ser um final de alerta, indicando que algo não vai bem.

Especialmente durante a fase da adolescência, é bastante comum que os filhos passem por períodos de transição entre a infância e a descoberta de si, juntamente com a formação de sua identidade. Durante esta transição, é completamente natural que o indivíduo experiencie momentos de dúvidas, inseguranças e conflitos internos, pois existem mudanças fisiológicas, hormonais e psicológicas acontecendo ao mesmo tempo. Também podem existir momentos de aproximação dos amigos e necessidade de pertencimento a algum grupo e/ou movimento social, assim como pode haver momentos de distanciamento, para elaboração e reconhecimento de si.

 Quando nos referimos a longos períodos de distanciamento, como quando o adolescente passa a maior parte do tempo isolado em seu quarto e pouco se comunica com a família, é importante direcionar a atenção e a sensibilidade para este indivíduo. Uma primeira atitude, pode ser conversar com o adolescente, a fim de compreender o seu comportamento. Um diálogo não violento (ausente de julgamentos, vergonha e intimidações), aliado à escuta ativa e empática do que aquele jovem tem a dizer, pode ser um primeiro passo importante.

Outra estratégia que pode gerar bons resultados, é estabelecer limites de tempo para as atividades que o adolescente realiza, inclusive, destinando uma quantidade adequada de tempo para sua privacidade, ociosidade e lazer.

Embora a adolescência tenda a ser um período conflitante, onde alguns comportamentos atípicos podem gerar um alerta nos pais, toda forma de aproximação respeitosa e empática, bem como de comunicação e compreensão neste período sensível da vida, funcionarão como ferramentas fortalecedoras de vínculo, que apesar das dificuldades e conflitos inerentes da existência humana, fornecerão condições para passar pelas fases difíceis.

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