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Sentir e Expressar

Autoestima vai além do seu reflexo no espelho!

Ao observarmos uma pessoa que se considera bonito(a), tendemos a considerá-la uma pessoa com “autoestima”. No entanto, mesmo as pessoas que se consideram fisicamente bonitas e atraentes, estão sujeitas a se sentirem sem valor enquanto seres humanos, incapazes e até mesmo a se submeterem a relações e circunstâncias injustas, difíceis e abusivas, por acharem que não merecem algo melhor da vida, se tornando de forma consciente ou inconsciente, uma pessoa que chamamos de sem autoestima.

Neste sentido, é importante ressaltarmos o fato de que, a autoestima está para além da aparência física. A autoestima de um ser humano, está relacionada com a imagem que ele constrói de si mesmo(a) ao decorrer da sua história de vida e ao valor que acredita ter. Esta autoimagem por sua vez, abrange tanto características físicas, como de personalidade, crenças, potencialidades, dificuldades e todas as demais características que tornam uma pessoa única.

O processo de construção da nossa autoestima, se inicia desde a infância, quando por exemplo, aprendemos o nosso nome a partir da forma com que o outro nos solicita e nos trata. Desta forma, vamos aprendendo a discriminar o nosso nome, do nome de outras pessoas. É desta mesma maneira, que a partir da relação com o nosso meio social, vamos internalizando características e adjetivos, tanto positivos como negativos, que influenciam na forma como aprendemos a nos enxergar

Portanto, podemos entender que uma criança que cresce e se desenvolve em um ambiente saudável, sendo estimulada de forma positiva e recebendo adjetivos e afetos positivos, tem altas chances de desenvolver uma autoimagem positiva de si própria, de tal modo que, apesar de sua aparência física ser ou não valorizada pelo padrão de beleza da cultura e sociedade em que vive, ela consiga se enxergar como um ser único, bem como reconhecer suas potencialidades e o seu valor.

Por outro lado, um indivíduo que se desenvolve em um ambiente rígido e/ou que recebe adjetivos e afetos negativos, possui tendência a construir uma autoimagem pejorativa de si próprio, de tal modo que independente de sua aparência física ser ou não valorizada pelo padrão de beleza social e cultural em que está inserido, ele se enxergue como alguém incapaz e sem valor. Um exemplo claro disso, pode ser ilustrado pela quantidade cada vez mais comum de pessoas consideradas bonitas pela sociedade, mas que se sentem inferiores, sem potencial e sem valor.

A partir deste contraste, podemos compreender que embora a autoestima esteja altamente associada a questões estéticas pelo senso comum, ela pouco tem a ver com a forma do corpo e com os traços do rosto de cada um. A autoestima em sua essência e totalidade, diz respeito a forma de se reconhecer como indivíduo no mundo, compreendendo sua história de vida, potencialidades, dificuldades e valor, independente do julgamento externo.

Afinal de contas, a beleza de uma vida não pode ser mensurada apenas pelo seu aspecto físico. A beleza se manifesta pela forma de se expressar e existir, constituindo uma combinação única e subjetiva, que toca o coração antes de chegar aos olhos. Portanto, caso você tenha dificuldades em reconhecer o seu valor enquanto ser humano e sinta-se constantemente inferior e incapaz, experimente deixar o espelho um pouco de lado e tentar enxergar sua existência enquanto indivíduo. Se precisar, busca ajude profissional para se enxergar por outro ângulo, pois a autoestima está para além do que vemos no espelho, a autoestima é um processo e pode ser construída a qualquer momento ♥

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