Categorias
Autoconhecimento

Saia do Automático! Respire e compreenda todas as fases que você já passou para chegar até aqui.

A vida nos cobra tanto, que às vezes se torna mais prático e indolor ligar o nosso modo automático. Fazer o que precisa ser feito, de forma objetiva e exata, sem muita reflexão e questionamento. Vivendo no modo automático, quando menos se espera nós já finalizamos o que precisava ser feito.

É como tomar um xarope com sabor ruim para curar a tosse. Nós sabemos que precisamos tomar, então não paramos para questionar o medicamento ou apreciar o seu sabor. Nós apenas olhamos para colher com o xarope (e tem gente que prefere até fechar os olhos) e colocamos rapidamente na boca, engolindo o mais rápido possível.

Às vezes o modo automático nos protege das situações desconfortáveis, atuando como uma espécie de armadura e nos ajudando a fazer aquilo que precisa ser feito sem entrar em contato com questões mais complexas. O grande problema, assim como tudo na vida, acontece quando fazemos uso exagerado do modo automático e desaprendemos a apreciar a nossa existência. Nós desaprendemos a observar os detalhes e experienciar as coisas vitais com a nossa autenticidade… e quando se vê, tem gente que já passou uma vida inteira de automático em automático, não conseguindo sequer reconhecer a sua própria história e individualidade.

A nossa vida exige mais do que apenas fazer por fazer. Compreender o que fazemos, o que sentimos e o que queremos, exige um olhar atencioso para a nossa história. Exige refletir, observar e analisar a nós mesmos e a nossa trajetória, para que possamos agir de forma assertiva e encontrar prazer e satisfação em nossas escolhas. É inerente à existência humana, sentir-se confuso, angustiado, perdido e/ou incompleto. No entanto, a única forma verdadeira e eficiente para lidarmos com todos esses sentimentos que vira e mexe podem vir à tona, é sair do automático e nos desafiar a olhar para dentro.

Existem circunstâncias em que a exatidão do 1+1 não resolve. Existem ocasiões, em que precisamos pensar, observar e sentir. Precisamos ir contra a cultura em um mundo imediatista e acelerado, e ceder um pouco de calmaria e compreensão para com a nossa história. Caso o contrário, estamos sujeitos a viver uma vida automática, sem sermos protagonistas da nossa trajetória e até mesmo desencadeando uma série de consequências negativas, resultantes da incompreensão sobre quem somos e o que precisamos.

Portanto, considerando a importância de quebrar o piloto automático, este texto é um convite para você se perceber:

Você tem vivido automaticamente os seus dias ou tem se observado, analisado e compreendido?

Como já diria Carl Jung:
Quem olha para fora sonha, quem olha para dentro desperta.

Que tal respirar fundo e despertar a essência que existe em você?
Caso tenha dificuldade em se perceber e entrar em contato com a sua essência, procure ajuda profissional e se enxergue sob uma perspectiva diferente.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado.