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Você sabe a diferença entre crise de ansiedade e transtorno do pânico?

Se olharmos para uma pessoa durante uma crise de ansiedade ou de pânico, poderemos notar características bastante similares:

  • Palpitações (coração pulsando forte ou acelerado);
  • Suor excessivo;
  • Tremor;
  • Sensação de falta de ar;
  • Sensação de desmaio;
  • Náusea ou desconforto abdominal;
  • Dormência ou formigamento em alguma parte do corpo;
  • Dor ou desconforto no peito;
  • Calafrios ou sensação de calor;
  • Sentir-se fora de si mesmo;
  • Medo de perder o controle ou enlouquecer;
  • Medo de morrer.

A sintomatologia presente durante uma crise e ansiedade e no Transtorno do Pânico, são praticamente idênticas. Isso porque, ambos os fenômenos são decorrentes da mesma natureza: a ansiedade. No entanto, existem importantes diferenças entre o primeiro e o segundo, as quais implicarão no diagnóstico e tratamento mais adequado.

A crise de ansiedade é um fenômeno que normalmente acontece após algum episódio específico, como por exemplo: o recebimento de uma notícia ruim, algum acontecimento inesperado ou trágico, ou um evento que envolve alto teor emocional.

Durante a crise de ansiedade, o indivíduo tem alguns ou todos sintomas mencionados acima por um curto período de tempo.

Embora uma nova crise tenda a ocorrer somente diante de outro episódio específico, o momento de crise é um sinal de alerta importante, pois caso as crises aumentem de frequência e intensidade, é possível que futuramente se desencadeiem em um transtorno de ansiedade.

Além disso, quando o indivíduo passa a ter crises de ansiedade com determinada frequência, isso indica que a forma de seu organismo reagir aos estímulos externos, pode estar um pouco desajustada, e talvez seja necessário um acompanhamento psicológico e médico para auxilia-lo a lidar melhor com os eventos do dia a dia.

As crises presentes durante o Transtorno do Pânico, por sua vez, normalmente acontecem sem um motivo específico. Repentinamente, o organismo da pessoa se comporta como se estivesse diante de uma grave ameaça, apresentando também alguns ou todos os sintomas mencionados no início deste texto, por um curto período de tempo (aproximadamente 10 minutos). Por se tratar de uma condição, o transtorno do pânico acaba se tornando um modo de funcionamento do indivíduo, estabelecido a partir de fatores biológicos, psicológicos e sociais. Desta forma, a grande diferença entre uma crise de ansiedade e o transtorno do pânico, está no fato de que o primeiro acontece com menor frequência e diante de fenômenos específicos, enquanto o segundo tende a acontecer com maior frequência e intensidade, sem um motivo o lógico ou racional. Além disso, o transtorno do pânico também é fortemente marcado pelo “medo de sentir medo”, pois uma vez em que os sintomas presentes durante o estado da pânico são altamente desagradáveis e desesperadores, o indivíduo passa a evitar qualquer circunstância que possa colocá-lo em contato com situações de medo, tendendo a se esquivar ou até mesmo fugir de ocasiões sociais e buscando isolar-se cada vez mais.

A boa notícia, é que o transtorno do pânico quando diagnosticado e tratado de forma correta, com ajuda médica e psicológica, pode fazer com que os sintomas diminuam ou até mesmo desapareçam. No entanto, por se tratar de um transtorno, é importante lembrar que não existe uma “cura”, até mesmo porque não estamos falando de uma doença, mas sim de um modo de funcionar que pode trazer prejuízos, da mesma forma que quando tratado e controlado, pode proporcionar autonomia, autoconhecimento e autocontrole para que a pessoa consiga ter qualidade em todas as esferas da vida.

Ao presenciar sinais de alerta em você ou em alguém que você ame, não se desespere, busque informação e ajuda profissional!

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